domingo, 4 de janeiro de 2009

CS da ONU fracassa diante do belicismo estadunidense

Graças ao veto dos Estados Unidos, fracassou a tentativa do Conselho de Segurança da Onu em propor um fim ao derramamento de sangue na Faixa de Gaza.
Segundo o governo estadunidense, Israel tem todo o direito de realizar essa "incursão defensiva". Com todo o respeito e reconhecimento que temos de ter com o trabalho de Shimon Peres, presidente de Israel, dessa vez não é possível considerar séria a argumentação de que é uma "incursão defensiva", diante da morte de 424 palestinos e outros 2000 feridos. Israel perdeu outras 4 vidas. Toda vida é importante, mas deveria ser constrangedora a diferença entre as perdas de lado a lado.
Não se trata apenas de "defesa" israelense, e sim de uma tentativa externa em depor o Hamas, legitimamente eleito pelos palestinos em 2007.
O veto dos Estados Unidos no CS da ONU pode significar, não apenas a continuidade do conflito palestino-israelense, mas também o acirramento da situação em toda a região, de acordo com a afirmação do secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, dizendo que "Apesar de o Conselho de Segurança não conseguir pela segunda vez tomar uma decisão para cessar as operações, desempenharemos nosso papel e iremos ao Conselho de Segurança, e se não conseguirmos uma resolução, vamos apresentar um relatório claro ao mundo árabe sobre isso".
Agora, mais do que nunca, é preciso que o Brasil e o Mercosul interajam, principalmente com a Liga Árabe, numa tentativa de chegar a um entendimento pacífico para a situação.
Nem é momento de chegar a um entendimento sobre a região. Agora é momento apenas de tentar construir um cessar-fogo, estancar a matança que está ocorrendo.
São duas ações. Pressionar a Liga Árabe para não piorar a situação ainda mais e pressionar a ONU para que assuma, de uma vez por todas a postura de entidade internacional, e pare de agir como o braço político dos Estados Unidos ao redor do mundo.

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