quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Disque 0800-JOSÉ SERRA - "TRAGO PESSOA AMADA DE VOLTA EM 3 DIAS"

A campanha de José Serra não para de me surpreender. Negativamente, é claro, mas não para de surpreender. Se não estivessemos tratando dos rumos do Brasil, em alguns momentos eu juro que daria algumas divertidas risadas.

Serra rebate as críticas ao seu governo em São Paulo no campo da educação dizendo que o ensino fundamental do estado tem a melhor nota, segundo o Ministério da Educação. Dois detalhes importantes sobre isso: Parte da nota que o ministério atribui está ligada ao nível de aprovação das escolas, ou seja, quanto menos repetencia dos alunos, melhor a nota. Só que em São Paulo, existe progressão automática dos alunos, ou seja, independente do aprendizado, o aluno passa de ano. Essa explicação a própria Dilma vem utilizando nos debates. O segundo elemento - que Dilma ainda não citou - é que o ensino fundamental é responsabilidade dos municípios, e não do governo do estado. Ao governo do estado compete o ensino médio - e é interessante que Serra não utilize esse grau escolar para falar de seu governo.

Mas o que eu realmente acho interessante é o promessômetro em nível máximo na campanha tucana. Serra, que já prometeu salário mínimo de R$ 600,00 sem ter estipulado esse valor quando governador do estado mais rico do Brasil, agora está dizendo que o "Piso Nacional da Educação é muito baixo". Como assim?

No Rio Grande do Sul, a ainda governadora tucana Yeda Crusius entrou na justiça para não precisar pagar o Piso Nacional da Educação que foi criado por Lula. Em São Paulo, Serra mandou a polícia bater nso professores que pediam melhores salários. E é esse Serra do PSDB de Yeda que vem dizer que o piso estipulado por Lula é muito baixo?

Serra, o cara que privatizou meio patrimônio do Brasil - e só vendeu mais por falta de tempo - agora vem cantar de galo e dizer que vai promover a "estatização do patrimônio brasileiro". Como diz a gurizada no Twitter, "aham, senta lá, Cláudia". Pois esse Serra, por baixo dos panos, enquanto a atenção das pessoas estava voltada para o debate com Dilma na RedeTV, enviou seu amigo FHC para negociar com investidores estrangeiros. A pauta: Arrecadar recursos para a campanha de Serra em troca de compromissos de privatizar Petrobrás, pré-sal e outras riquezas brasileiras em caso de vitória.

A última da campanha de Serra foi invadir a casa das pessoas com um telefonema com mensagem caluniosa contra Dilma. Serra montou um esquema milionário de telemarketing para falar da Dilma e não de si mesmo. Entre falar mal de Dilma e falar bem de si, o candidato do bem resolveu falar mal. E o pior é que resolveu falar mal invadindo a privacidade das pessoas, seus telefones particulares e profissionais. Invasão de privacidade é crime. Espalhar calúnias e difamar alguém é crime. Serra está comentendo crimes, não está disputando mais uma eleição. Dilma estava certa ao dizer, no primeiro debate do segundo turno, na Band, que Serra "está caminhando para ser um ficha suja".
 
 Se alguém ainda tinha dúvidas da demogagia de Serra, de sua falta de ética, de sua falta de comprometimento com o crescimento do Brasil, a montagem desta "central da calúnia" que foi montada por sua campanha responde tudo.

A tragédia de Serra e sua turma é que, quanto mais baixarias fazem, mais Dilma cresce. E quanto mais Dilma cresce, mais desesperados ficam. E quanto mais desespero, mais baixaria fazem para tentar recuperar espaço...

Não se apavorem se, nos últimos dias de campanha surgirem cartazes nas paradas de ônibus dizendo "Vote Serra 45! Ele promete trazer pessoa amada de volta em até 3 dias! Informações pelo 0800 da calúnia"

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