quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Taleban disposto a dialogar com Estados Unidos

As vezes, o inimaginável acontece: Ontem, dia 27, o Taleban qualificou a decisão de Obama com relação ao fechamento de Guantánamo como "medida positiva para a paz". O grupo afirmou, ainda, que "Ele (Obama) deve retirar completamente todas as suas forças militares dos dois países islâmicos ocupados (Afeganistão e Iraque)".

Talvez não seja possível retirar as tropas num passe de mágica como quer o Taleban. Mas certamente manter a linha Bush nesses países não será a orientação estadunidense. O atual estado das estruturas dos dois países após o "trabalho" dos Estados Unidos da era Bush é, no mínimo, calamitoso - incluindo, aí, o item "segurança pública".

Obama já ordenou ao Pentágono a revisão da estratégia militar no Afeganistão. A tática de Obama, pelo menos até agora, tem surtido efeitos positivos à politica internacional e contribuido aos esforços mundiais de paz. Talvez (e num início de mandato como o de Obama, tudo é sempre probabilidades - e só), como já foi dito em artigo anterior, Guantánamo seja o grande símbolo da mudança nas relações estadunidenses com o mundo.

Entretanto, apesar dos esforços de Obama, os Estados Unidos tem o "filme" queimado demais, mesmo com esse novo momento. Existe uma necessidade que é histórica e fundamental para a construção de uma nova comunidade terrenal, ou seja: Os Estados Unidos devem permitir que a ONU assuma, verdadeiramente o seu papel de entidade organizadora e reguladora das relações entre os Estados que compõem o nosso sistema-Terra. Os Estados Unidos devem abandonar de vez a postura do "xerife global".

Reafirmo minhas palavras de que o apoio dos "anti-imperialistas" à Obama só depende do próprio Obama fazer seu país abandonar o imperialismo.

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